Outro atrativo é, sem dúvida, o grande número de funções oferecidas nos aparelhos, já que, cada vez mais, as pessoas estão conectadas o tempo todo, seja pela internet, mensagens (também conhecidas como SMS ou torpedos) ou pela boa e velha ligação telefônica. Exemplo clássico de cidadão conectado, o relações públicas Ricardo Watanabe vive cercado por um pequeno exército tecnológico: além do smartphone que está sempre ligado, tem também um tablet, um netbook, um notebook e ainda sobra espaço para um computador de mesa em casa, pouco usado, é verdade, mas está lá.
Um dos aplicativos que mais usa é Whatsapp, um programa usado para troca de mensagens e arquivos. A justificativa está na ponta da língua e mostra uma tendência. “Quase todas as pessoas do meu convívio têm [o aplicativo]. Então, é pela facilidade mesmo”, explica. Quando questionado qual a periodicidade com que consulta o smartphone, vê-se a desmedida do uso. “Quando acordo, mexo no celular antes mesmo de ir ao banheiro. Ele é meu despertador e, antes de levantar, eu já dou uma olhada”, confidencia. E se esquece em casa, não se faz de rogado e volta para buscar, independentemente da distância.
Riscos
Mas essa tendência revela alguns riscos. Estudo da Junipe Networks, publicado no final de julho, aponta que a invasão de vírus em dispositivos móveis aumentou em espantosos 614%, no período de março de 2012 e março de 2013. Ainda segundo a empresa, o sistema operacional Android lidera o ranking dos prejudicados, com 92% das invasões. Mas a coisa não é tão ruim. A pesquisa mostra também que 77% dos malwares são eliminados com uma simples atualização de sistema.
Mas todo o cuidado é pouco, uma vez que, de acordo com a IDC, a expectativa é de que mais 28 milhões de aparelhos sejam comercializados até o final do ano. No mundo, 950 milhões. É muita gente conectada e um campo imenso para hackers.
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