segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Cresce número de obesos no Brasil

A alimentação saudável está na pauta do governo brasileiro, principalmente nos últimos anos. O mais recente levantamento realizado pelo Ministério da Saúde aponta que o excesso de peso e a obesidade aumentaram nos últimos seis anos no Brasil. Segundo a pesquisa, o número de pessoas acima do peso subiu de 42,7%, em 2006, para 48,5%, em 2011. Nesse mesmo período, a quantidade de obesos atingiu a casa de 15,8%, era 11,4%.

A correria do dia a dia das grandes cidades é um dos fatores mais importantes nessa equação. À medida que as metrópoles superlotam e empurram a população cada vez mais para regiões marginais, mais pessoas ficam longe dos locais onde desenvolvem suas atividades, impossibilitando ter refeições em casa, o que leva a se alimentarem de forma nem sempre correta.

Todos os dias, o bancário Heverson Silva Ferreira sai de casa, em Planaltina (DF), para trabalhar em uma agência no Plano Piloto de Brasília. Após o expediente, nada de descanso. Como muitos brasileiros, Heverson inicia mais uma exaustiva jornada, desta vez com lápis e caderno na mão.

Ele é estudante de Administração de Empresas em Sobradinho, cidade satélite no entorno norte do Distrito Federal. Com uma jornada diária de 15 horas entre trabalho e faculdade, não dá para comer em casa. “Eu levo marmita para o almoço e à noite como salgado ou tomo açaí”, confidencia. Quando indagado sobre a qualidade da alimentação é enfático: “Eu até queria preparar um sanduíche natural, com peito de peru, mas na correria não dá”, lamenta.

Fast foods

Para a nutricionista Isabela Marques Chiavegatti, não há nenhuma novidade entre os alimentos que devem ser evitados: frituras, massas e refrigerantes estão no topo da lista dos mais prejudiciais. Mas a nutricionista alerta para a má qualidade da comida consumida fora de casa. “Existe uma oferta muito grande de fast foods, baratos e rápidos. Alimento de qualidade é mais caro e exige tempo para o preparo“, salienta a nutricionista. Outro fator levantado pela profissional é a quantidade de comida ingerida fora de casa. “Se você come fora só vai procurar o que gosta”. Uma opção apontada por Isabela seria a mesma compartilhada por Heverson, ou seja, levar para o trabalho um sanduíche natural, mais nutritivo e rápido de consumir. Mas deve-se atentar para o correto armazenamento, sob o risco de perecer.

 A preocupação com a alimentação levou o governo federal a criar um manual de orientação para a alimentação escolar na educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e na educação de jovens e adultos. A cartilha foi elaborada para que as escolas ajudem a promover o desenvolvimento infantil de forma saudável. Nela constam orientações sobre a merenda escolar para cada etapa da educação básica. Ali até o cardápio é citado, bem como os mocinhos e os bandidos da alimentação. Entre os “malvadões” estão os refrigerantes, doces, embutidos, balas, chocolates, salgadinhos e enlatados, por conterem excesso de gordura, açúcar, conservantes ou corantes.

Na lista dos heróis de plantão estão as frutas, verduras, legumes, carnes magras, leite e derivados, desde que consumidos com parcimônia. Uma coisa ninguém nega: comer é bom. Mas comer de forma saudável é melhor ainda.
 
Imagem: chicletedecarnemoida.blogspot.com

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