terça-feira, 28 de agosto de 2012

Jogos Vorazes agrada apesar da ideia batida


Um milhão de livros e filme já fora produzidos com a mesma temática. Um jogo futurístico em que gladiadores lutam entre si até que apenas um sobreviva. Então o que Jogos Vorazes tem de diferente? A resposta é “nada”. Não tem nada de diferente, mas esse é o segredo de ser um bom filme. Assim como uma boa comida caseira, a resposta não está nos ingredientes, e sim, no tempero.

Baseado no romance The Hunger Games, da norte-americana Suzanne Collins, é a primeira parte de uma trilogia que vendeu milhões de livros em todo o mundo. A Lionsgate, detentor dos direitos sobre a obra para o cinema, já marcou a data de lançamento da sequência Jogos Vorazes - Em Chamas para 22 de novembro de 2013. O estúdio planeja seguir a mesma linha de 'Harry Potter e as Relíquias da Morte' e 'Amanhecer', e dividir o último livro em dois filmes.

O filme não aproveitou o ritmo testemunhal da narração feita em primeira pessoa do livro, mas isso não comprometeu a qualidade. É claro que todas as adaptações para a grande tela sofrem mudanças, principalmente no roteiro, que normalmente é reduzido, provocando em alguns casos, uma superficialização do enredo e dos personagens, tornando o filme menos denso que o livro. Mas o filme Jogos Vorazes compensa isso de alguma forma.

As interpretações de Jennifer Lawrence, no papel de Katniss Everdeen, e Josh Hutcherson como Peeta, conseguem transmitir veracidade à trama. A primeira com mais paixão e o segundo com cara de alface. Os efeitos especiais não comprometem, apesar de não serem espetaculares e o figurino é um capítulo à parte. As roupas e maquiagens da Capital remetem ao movimento New Wave, dos anos 80. Tudo muito colorido e espalhafatoso. Já as roupas das colônias lembram de judeus durante a 2ª Guerra Mundial.

Talvez pensando na Guerra, os cenários dos distritos parecem os campos de concentração nazistas, enquanto  a Capital é futurista, com um “quê” de George Orwell. Enfim, Jogos Vorazes é bom; mais do que isso, é muito bom. Mesma que a ideia não seja inédita.

Imagens: clubedofilmeleleo.blogspot.com
coisapop.blogspot.com


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