quinta-feira, 5 de julho de 2012

O Diário de Jack, O Estripador

Quem foi Jack, o Estripador? Quais motivos explicam o banho de sangue que promoveu na Inglaterra vitoriana no outono de 1888, quando no intervalo de dez semanas assassinou e mutilou cinco prostitutas em Londres?  De onde ele veio? E o que o impeliu a deixar pistas?

 A busca por sua identidade gerou suspense e fascínio da imprensa no mundo inteiro durante mais de um século, inflando a cultura popular com  livros, filmes, peças de teatro e teses acadêmicas, das mais sérias às mais conspiratórias e absurdas. Mas quem é ele afinal, cujo apelido foi disseminado a partir de uma carta falsa divulgada pela imprensa sensacionalista inglesa? Ou quem é o monstro de Whitechapel, como também ficou conhecido?

As respostas a estas perguntas estão em O Diário de Jack, O Estripador.  Escrito por Shirley Harrison, esse lançamento da editora Universo dos Livros não é mais um livro para engordar a extensa lista de títulos dedicados ao serial killer. De posse do polêmico diário, a autora o pesquisou durante cinco anos para comprovar a autenticidade de sua autoria: o conhecido comerciante de algodão de Liverpool, James Maybrick, que assume ser o assassino em série mais famoso da história e explica os seus atos.

Shirley Harrison contou com a ajuda de renomados cientistas, historiadores, especialistas em caligrafia – a tinta e o papel foram submetidos a vários testes  de laboratório –e psicólogos. Num relógio também descoberto em Liverpool na casa de James e visto ao microscópio havia arranhões dentro do revestimento onde era possível ler  “J. MAYBRICK. I AM JACK” [J. Maybrick. Eu sou Jack], e em torno das bordas as iniciais das cinco prostitutas assassinadas em Londres.

Numa segunda etapa, a autora realiza uma  investigação minuciosa da vida de James e dos assassinatos, seguindo todos os seus passos até a sua morte em 1889, supostamente envenenado com arsênico pela esposa americana Florence. A partir daí, ela monta sua linha de raciocínio,  sempre relacionando as pistas achadas – as verdadeiras e as falsas – pela polícia e as notícias divulgadas pelos jornais ingleses aos trechos do diário,  que registram os sentimentos cruéis e o planejamento das ações de como o serial killer matou e mutilou suas vítimas.

"Enquanto o texto  se desenvolve, o autor nos dá claramente as razões pelas quais realmente está escrevendo. Aquilo que começa como um desejo de planejar e registrar os prazeres ilícitos evolui numa tentativa de entender suas emoções e termina como um testamento de suas ações que ele quase almeja que sirva para inocentá-lo”, afirma o  professor David Canter, diretor do Instituto de Psicologia Investigativa e Ciência do Comportamento Forense da Universidade de Liverpool, sobre a autenticidade do diário.

O resultado por trás de O Diário de Jack, O Estripador  é uma detalhada e convincente pesquisa que responde quem-como-por quê dos homicídios. Além de elucidar todo o espiral de histórias que envolvia o maior mistério da crônica policial de todos os tempos, o livro nos  permite realmente entrar na mente de um “personagem Estripador” e observar a tempestade de emoções que o levaram a cometer os crimes.

Ficha Técnica
Titulo: O Diário de Jack, O Estripador
Autora: Shirley Harrison
Tradução: Felipe Vieira
Editora: Universo dos Livros
Nº de pág.: 504
Preço: R$ 49,90

Fonte: Tacla Comunicação
Imagem: Divulgação

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