sexta-feira, 22 de junho de 2012

Uma Dose Violenta de Qualquer Coisa

Uma Dose Violenta de Qualquer Coisa  roda na contramão de road movies convencionais. Ao seguir um rapaz de 30 anos numa jornada pelo Brasil Central, prestes a fazer um acerto de contas entre o jovem sonhador que já foi e o adulto apático que se tornou, ele corta os laços com o passado e o presente e pega a estrada. Incomodado pela seca, ele percorre Goiás, Minas Gerais… Mas sua mente atribulada não deixa que ele se esqueça de Brasília.

Com franqueza, o filme repensará um contexto que cultua o indivíduo em detrimento do coletivo e não evitará temas polêmicos – como a mudança no perfil de Brasília, a outrora “capital da esperança”. O personagem que sintetiza tal proposta se chama Pedro (Vinicius Ferreira). Ele não sabe do que foge quando sai da cidade. Busca respostas, mas não encontra mentores no caminho, e sim sujeitos fechados no próprio ego. Pedro não é diferente, é o que descobriremos numa narrativa que conjuga pop e cinema de arte. Ação e reflexão.

Uma  Dose  Violenta  de  Qualquer  Coisa  foi  premiado  duplamente  pelo  fundo  de Apoio à Cultura, do Governo do Distrito Federal em 2006, com recurso para desenvolvimento do roteiro, e em 2010 com recurso para sua realização. Já o roteiro recebeu consultoria do argentino Miguel Machalski, especialista de renome mundial. Três filmes assessorados por ele ganharam o Oscar: Billy Elliot, Menina de Ouro e Mar Adentro.

Sinopse

Pedro fugiu de casa, pegou a estrada e não sabe para onde ir. Lucas também  não, mas a estrada é seu palco. Eles têm pouco menos de 30 anos e levam apenas a roupa do corpo. Depois do encontro numa lanchonete de beira de estrada, em Minas Gerais, os dois percorrem o interior do Brasil em busca de uma dose violenta de qualquer coisa. Ao longo da jornada, a procura pela identidade se confunde com a ânsia em encontrar uma razão de viver.

O Diretor

Gustavo Galvão nasceu em Brasília (1976) e dirigiu sete curtas em sete anos (2002 – 2008), quatro com roteiro próprio. Três deles rodaram o mundo e ainda são adquiridos por canais de TV e programas de formação de público: Danae (2004), A Vida ao Lado (2006) e A Minha Maneira de Estar Sozinho (2008). Juntos, eles reforçam uma proposta autoral em que as relações urbanas são a base temática para filmes de forte apelo visual. É a mesma motivação do primeiro longa como diretor, produtor e roteirista, Nove Crônicas para um Coração aos Berros, que será lançado em setembro de 2012.

Fonte: F&M Procultura
Imagem: gustavogalvao.com

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