sábado, 30 de outubro de 2010

Feitos e efeitos de TV marcam o terceiro dia da ComuniCatólica


Imagine a cena: uma belíssima paisagem com rio, flores e animais, tudo mostrado em câmera lenta com uma emocionante música de fundo. Agora imagine um cemitério à noite, chuva, relâmpagos e... fantasmas. Recursos do cinema e também da TV para prender a atenção do telespectador.

Na 3ª Comunicatólica, a semana de comunicação da Faculdade Católica de Uberlândia, foram ministradas duas oficinas com duração de quatro horas: Cinegrafia e Edição de Imagens. As duas simultaneamente, nesta quarta-feira (27) e tiveram como orientadores três profissionais da TV Integração. Para a cinegrafia, foi convidado o supervisor de cinegrafia Henrique Mendes. Para a edição de imagens, dois convidados: os editores Miguel Neto e Marcelo Henrique.

Além dos alunos do curso de Jornalismo da Católica, acadêmicos de outros cursos e de outras instituições também estiveram presentes, curiosos em conhecer um pouco mais sobre as áreas abordadas. Mais de 40 pessoas aprenderam um pouco mais sobre filmagem e edição.

Luz, câmera, ação

A expressão clichê do cinema nunca esteve tão próxima da realidade do telejornalismo. Com frequência cada vez maior, as reportagens especiais em programas de TV e telejornais têm exigido iluminação e efeitos mais ousados. Até as filmagens rotineiras estão ficando mais trabalhadas.

Com 21 anos de experiência, Henrique Mendes ministrou a oficina de cinegrafia, apresentando um material diferente do usado em seu dia a dia, para melhor aproveitamento dos alunos. “Filmagem demanda prática, não é possível em apenas uma oficina mostrar tudo. Só de iluminação seria preciso um curso de 16 horas. Então trouxe um material diferenciado para mostrar um pouco de tudo”, declarou o cinegrafista.

O curso apontou a relação de trabalho entre cinegrafista e repórter, algumas técnicas de iluminação e enquadramento.

Chuáá, ding-dong, splash, buuum

Com tantos efeitos especiais criados a cada dia, a TV incorporou diversas técnicas para melhor ambientar as matérias exibidas. Um velocista se preparando para correr merece uma imagem em câmera lenta, o som de uma batida de coração e uma música emocionante de fundo. Isso faz toda a diferença na hora de contar uma história.

É o que afirma o editor Miguel Neto, que ministrou a oficina de edição de imagens. “Edição é muito mais coração do que técnica. Você pode saber operar o software de edição, mas se não tiver sensibilidade, a matéria não terá o diferencial que irá surpreender o telespectador”, confidenciou o editor.

O colega de Miguel, Marcelo Henrique, concorda e ainda complementa: “Uma boa matéria começa na pauta. Quando ela é bem feita, tudo tende a sair bem”. Marcelo também alertou para a relação entre cinegrafista e repórter. “Eles têm que se dar bem para o trabalho ficar legal. Não adianta o repórter fazer a sua parte e ficar com pressa, de cara fechada. Boas imagens precisam ser captadas para termos boas edições”.

Além de apresentar o software que operam, os editores trabalharam muito a questão conceitual da edição, exibiram vídeos de matérias e apresentaram alguns efeitos usados nas edições.

Opiniões

As oficinas ficaram com gosto de “quero mais”, tanto para ministrantes quanto para participantes. Sinal de que a iniciativa agradou.

Vanessa Gomes, aluna do 4º período de Jornalismo da Católica, participou da oficina de edição. Para ela, o saldo foi positivo, mas lamentou o tempo curto. “Gostei muito. Claro que se tivesse um tempo maior seria melhor, porém a forma que o Miguel e o Marcelo conseguiram levar a oficina foi muito interessante. Eu imaginava que edição era apenas técnica... e ontem vi que não é bem por aí. Como eles mesmos disseram, é muito mais sensibilidade do que técnica”, entusiasmou-se a universitária.

Para Lívia Coutinho, estudante do ensino médio, o motivo de ter participado da oficina de cinegrafia foi a curiosidade. Ela e o colega Rafael Miranda, também estudante secundarista, ficaram sabendo da 3ª Comunicatólica através de um blog na internet. Rafael, entusiasta do Jornalismo, incentivou Lívia a acompanhá-lo.

“A oficina é algo bom para mim, já que no ano que vem tem vestibular e preciso escolher em que área quero atuar”, conta a adolescente de 16 anos. Já para Rafael não há dúvidas. “Tenho vontade de fazer Jornalismo e a oficina mostra um pouco do trabalho em TV”, finalizou o jovem.

Imagem: videobras.com.br

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