sexta-feira, 2 de julho de 2010

O poder da televisão


A palavra televisão vem do grego tele (distante) e do latim visione (visão). Trata-se de um sistema eletrônico de recepção de imagens e som de forma instantânea, onde os televisores (ou aparelhos de TV, ou ainda, simplesmente televisão) veiculam essas imagens e sons para os telespectadores.

Essa caixinha de surpresas criada na década de 1920 teve um crescimento exponencial de vendas em todo o planeta nas últimas décadas. A cultura da família de se reuniar em volta do rádio no horário nobre foi perpetuada, modificando-se apenas o aparelho: agora são os televisores que ocupam lugar de destaque na sala.

O filósofo canadense Herbert Marshall McLuhan elegeu a TV como o objeto de sua teoria de “Aldeia Global”, onde todos os povos estariam interligados e os acontecimentos mundiais se diminuiriam para a escala de uma aldeia. Ou seja, o seu vizinho está aqui e do outro lado do planeta.

A TV é o veículo de comunicação mais acessado em todo o mundo e dita regras de conduta, moda, política, cultura. Não é de se assustar quando as pessoas começam a copiar os figurinos das novelas, usar jargões falados pelos personagens, faltar a compromissos para não perder o programa favorito.

No Brasil, até hoje, se discute a influência da TV Globo no resultado das eleições de 1989 para a presidência da República, quando o então candidato Fernando Collor de Melo, apoiado pela emissora, derrotou o candidato petista Luís Inácio da Silva. A propaganda encontrou na TV uma ferramenta poderosíssima, onde o apelo audiovisual pode ser explorado de forma categórica.

A beleza foi engessada em um esteriótipo anorexo para aumentar as vendas de roupas, acessórios, produtos de beleza. Um paradoxo que se percebe, quando também são veiculadas propagandas de fast foods, conhecidamente deliciosos venenos para o organismo. Tudo com imagens e sons de atrair a atenção dos mais desatentos e aguçar o instinto de consumo.

Da mesma forma que a televisão é usada como instrumento de alienação, pode causar comoção pública ao veicular as mazelas da sociedade e propor ações para melhoria na qualidade da vida pública. Campanhas como Criança Esperança, TeleTon, entre outras arrecadam milhões de reais para entidades filantrópicas, sempre apoiadas pelas emissoras de TV. Essas quantias milionárias nunca seriam alcançadas sem o poder da influência da televisão em seus telespectadores.

Enfim, o chamado “Quarto Poder” encontrou sua melhor forma na televisão. A comunicação de maneira geral, avançou, a TV digital surgiu, algumas leis foram implementadas, mas o poder da televisão enquando modeladora do sistema social aumenta à razões enésimas. E o povo virou brinquedo de conglomerados comunicacionais.

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