sábado, 3 de julho de 2010

Análise da Central Sindical Conlutas


Depois da sanção do Presidente da República Luís Inácio Lula da Silva (sindicalista de origem) para a Lei 11.648, de 31 de março de 2008, seis as centrais sindicais foram legalizadas: Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Força Sindical, Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). Para serem legalizadas, as centrais tiveram que cumprir alguns critérios estabelecidos pela lei:

a)filiação de no mínimo cem sindicatos distribuídos nas cinco regiões do Brasil;
b)filiação de sindicatos em no mínimo cinco setores de atividade;
c)filiação de no mínimo 5% dos sindicalizados em âmbito nacional no primeiro ano (cerca de 300 mil trabalhadores sindicalizados), devendo atingir 7% em dois anos.

Com a legalização, as centrais terão alguns direitos:

a)acesso a 10% da contribuição sindical destinada aos sindicatos filiados;
b)um montante de cerca de R$ 55,5 milhões, que serão divididos, proporcionalmente, entre as centrais.

No entanto, a Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), central sindical que está em atividade, não pleiteou o reconhecimento formal e critica a legislação, bem como todas as ações do governo Lula. Aliás, A Conlutas nasceu da organização política de extrema esquerda, que viu no governo Lula um retrocesso às lutas sindicais, por conta do apoio à reforma da previdência e do modelo econômico adotado.

A Conlutas surgiu após o Encontro Nacional Sindical, que aconteceu em março de 2004 em Luziânia (GO), que teve a presença de mais de 1.800 dirigentes e ativistas sindicais e de movimentos sociais. O encontro marcou a luta a contra a reforma sindical, sendo que a primeira grande manifestação foi organizada pela Conlutas, em Brasília, em 16 de junho de 2004, com cerca de 20 mil manifestantes.

Sua fundação oficial aconteceu em maio de 2006 no Congresso Nacional dos Trabalhadores, realizado em Sumaré (SP), com a presença de centenas de entidades e delegações de todo o Brasil. Em julho de 2008, a Conlutas realizou seu I Congresso Nacional, em Betim, Minas Gerais, reunindo cerca de três mil delegados, além de convidados e observadores.

O discurso adotado pela Conlutas é radical, com anseios socialistas e internacionalistas.Pregam que é fundamental a unidade dos trabalhadores de todo o mundo, a partir da solidariedade ativa entre a classe trabalhadora de todos os países. A radicalização é esteriotipada através de jargões como “luta dos trabalhadores da América Latina contra os ataques do neoliberalismo, do imperialismo norte-americano e as conseqüências da globalização capitalista”.

As instâncias de organização, funcionamento e de deliberação da Conlutas, de acordo com sua ordem hierárquica, são as seguintes:

a)Congresso Nacional;
b)Encontro Nacional;
c)Coordenação Nacional;
d)Congresso Estadual;
e)Coordenação Estadual;
f)Congresso Regional e/ou Municipal;
g)Coordenação Regional e/ou Coordenação Municipal.

Sede: Praça Padre Manuel da Nóbrega, 36 - 6º andar - Sé
CEP: 01015-000 - São Paulo – SP – Fone: (11) 3107-7984
E-mail: conlutas@conlutas.org.br – www.conlutas.org.br

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