domingo, 20 de dezembro de 2009

A estética jornalística por um sentido mais profundo

A estética na comunicação trata não só da estrutura física e diagramação em jornais impressos, mas principalmente em um sentido muito mais profundo e filo-sófico, levando em consideração o conteúdo, tema, mensagem, meio e, é claro, a distribuição do texto na página. Partindo desse ponto de vista, não basta uma dia-gramação arrojada com um conteúdo textual pífio. A estética, então, estará prejudi-cada.
Gafes imensuráveis são cometidas a todo o momento no jornalismo, seja por falta de atenção, desconhecimento, pressa na finalização. As famosas “barrigas” são veiculadas, pondo jornais em posição vexatória. Erros gramaticais colaboram com o prejuízo estético, assim como redundâncias que beiram o tragicômico ou ainda, afirmações desmentidas dentro da própria oração.
Abaixo, seguem alguns exemplos:
• "A nova terapia traz esperanças a todos os que morrem de câncer a cada a-no." - Jornal do Brasil –
• "Os sete artistas compõem um trio de talento.” - EXTRA
• "A vítima foi estrangulada a golpes de facão." - O DIA
• "No corredor do hospital psiquiátrico os doentes corriam como loucos." - O DIA
• "Ela contraiu a doença na época que ainda estava viva." - JORNAL DO BRASIL
• "Parece que ela foi morta pelo seu assassino." - EXTRA
• "O aumento do desemprego foi de 0% em novembro." - O DIA
• "O cadáver foi encontrado morto dentro do carro." - O GLOBO
Percebe-se a desatenção em alguns casos, mas diversas “pérolas” são fruto do despreparo dos profissionais da comunicação. A estética, sendo a fusão da es-sência e do formato, fica profundamente maculada com um conteúdo marcado por erros, mesmo que mostre um visual atraente.
É fundamental o preparo, a elaboração, a revisão apurada para não com-prometer o individual e o coletivo, jornais e jornalistas, meio e público.

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