quarta-feira, 29 de abril de 2009

Aculturação


Com a massificação da notícia, o individualismo e o livre pensar ficam comprometidos. A cultura de massa tende a mostrar um modelo pronto, justamente mesclando real e imaginário para oferecer ao indivíduo um produto cultural pronto para o consumo que atenda à maioria dos espectadores, mesmo que seja através da dinâmica entre a estandartização e a inovação. O resultado dessa massificação com o produto cultural “pré-fabricado” pode gerar uma sociedade composta por indivíduos alienados com mentes preguiçosas, sem pensamento crítico.

A globalização trouxe para muitas sociedades a aculturação. Grupos locais perderam a força de suas culturas frente ao poderio propagandológico de grandes empresas de comunicação, que deixaram de lado as fronteiras de seus países de origem, para se difundirem mundialmente, seja fisicamente, mas particularmente pela ascenção da internet. Esses grupos sem pátria ultilizam até de particularidades regionais como maneira de se infiltrar e começar o seu processo de domínio cultural. Na rede existe um novo mundo virtual, com cultura própria imposta por grandes conglomerados comerciais.

Na teoria das influências seletivas, a audiência que mais conhece sobre o que é notificado é influenciado por mensagens implícitas que ativam o seu pensamento crítico. Quando a audiência desconhece o teor da notícia, precisa-se de informações mais diretas e explícitas para que alcance o entendimento esperado. E as influências seletivas são mais ferramentas nas mãos de grandes empresas de comunicação de massa com o intuito de espalhar seus conceitos e vender seus produtos. Mesmo que através da aculturação. Nos cabe impor certos limites para os alcances da máquina midiática.

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