quinta-feira, 26 de março de 2009

Banco de olhos faz levantamento sobre transplante de córneas


O Banco de Olhos da Universidade Federal de Uberlândia – UFU – trabalha em conjunto o MG Transplantes oferecendo os serviços de doação de órgãos, no caso específico, córneas. Uberlândia, Uberaba e Patrocínio são as cidades do Triângulo Mineiro onde se faz transplante de córneas. Já a captação é feita em Patos de Minas, ao invés de Patrocínio, além das já citadas Uberaba e Uberlândia.
Segundo a técnica de enfermagem Greice Hellen de Jesus Mourão, da equipe de captação de córneas, até fevereiro de 2009 os números do Banco de Olhos mostraram um aumento de 115 % referentes ao mesmo período do ano anterior. No entanto, os números do mês de março fizeram cair essa estatística, tendo 10 doações a menos do que em fevereiro. Ou seja, fevereiro teve 20 doações e faltando 6 dias para finalizar o mês, março teve apenas a metade. Mesmo com essa queda, o primeiro trimestre pode fechar com saldo positivo. Até dia 25 de março de 2009, houve 53 doações, e no mesmo período do ano de 2008, o número foi de 41.
A equipe de captação de córneas do Banco de Olhos é composta pela enfermeira Verônica Paschoini, especializada em captação e transplante de órgãos, pela bióloga Sandra Batista Queiroz, além da própria Greice, as duas últimas, capacitadas pela Associação Panamericana de Banco de Olhos – APABO. Além da captação, é feito o processamento do tecido, que é a preparação da córnea que será transplantada.
A técnica de enfermagem conta que a fila para os transplantes é de cerca de 50 pessoas e que, além do problema de conscientização das famílias para autorizarem a doação, existe ainda o descarte de doações por conta de contra-indicações percebidas durante o processo de captação, como infecção generalizada no doador, causa mortis indeterminada, lesões ou doenças oftalmológicas, entre outras. Mais se perde doações por causa de contra-indicações do que por negativa das famílias em doar as córneas.
A equipe de abordagem do MG Transplantes é composta por 3 psicólogas e 2 assistentes sociais. Quando um doador em potencial vem a óbito, essa equipe tem que ser avisada. Por lei, o aviso de morte encefálica é compulsória, mas nem todos os hospitais avisam. Para não perder doadores, é feita uma busca ativa diária por novos doadores.
A partir da notificação do óbito é verificada a idade, causa mortis, horário do óbito, tendo a equipe de captação um prazo de até 6 horas, após o óbito, já que o tecido das córneas se mantém preservado nesse tempo, diferentemente de outros órgãos. Todo o processo visa a qualidade do tecido a ser transplantado.
O dia nacional do doador é comemorado em 27 de setembro, onde são feitas campanhas visando a conscientização das famílias. Todo ano o MG transplante e Banco de Olhos promovem uma semana de atividades em Uberlândia, com apoio da mídia, de empresas e de toda a sociedade organizada. Em 2008, a abertura da semana aconteceu no CDL com a presença dos colaboradores de toda a região e de autoridades. O encerramento foi um jantar de massas organizado por Neuza Pinheiro da revista Perfil Médico. Além disso, todo ano são feitas palestras em escolas e a intensificação de visitas aos hospitais à procura de novos doadores que possam por fim ao sofrimento de muitas pessoas que esperam na fila ansiosamente, na expectativa de voltar a enxergar.

Entre os dias 23 e 28 de março acontece a II Mostra de Cinema Cubano, no anfiteatro da biblioteca da UFU – Universidade Federal de Uberlândia – no campus Santa Mônica. O tema deste ano é “A Mulher na Filmografia Cubana da Revolução”. Após a exibição de cada filme, haverá debate sobre o filme apresentado sobre o ponto de vista do tema da Mostra.
O evento é itinerante e passará pelo campus Umuarama da UFU e posteriormente para campus Pontal em Ituiutaba. Os filmes da amostra são “A Idade da Peseta”, “Lúcia”, “Retrato de Teresa”, “A Bela do Alhambra”, “As Profecias de Amanda” e “Mesmo Longe”. Todos os filmes terão a sua exibição às 19h00min, com exceção de “Mesmo Longe”, que será exibido às 16h00min.
De acordo com o comunicador Alcides de Melo, a expectativa é de um bom público, já que a Mostra vem se firmando como um grande evento cultural da Universidade, mas também pelo momento histórico em que passa Cuba, com a reaproximação dos Estados Unidos através do presidente norte-americano Barack Obama, o afastamento de Fidel Castro por conta de sua saúde e ainda as questões polêmicas sobre tortura em Guantánamo.
Ele ainda informa que os debatedores de cada filme, sendo respectivamente Maria Augusta Melo e Marciolina R. da Silva, Alcides Freire Ramos, Gercina S. Novais e Irley Machado, Yaska Antunes e Yara Magalhães, Maria Lúcia C. Romera e Kenia Maria de A. Pereira, e por fim, Gabriel Palafox, são todos professores doutores do campo das ciências sociais, letras, cinema, psicologia.
A promoção do evento é da DICULT, PROEX e da própria UFU, com a iniciativa do professor Orlando, da UFU, curador da Mostra, que é cubano e que quer trazer a cultura cubana ao Brasil e desmitificar vários pontos sobre o assunto.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Empresas restringem a utilização do MSN


O advento da internet trouxe comodidade e rapidez para a troca de informações. Entretanto, o uso indiscriminado de ferramentas do mundo virtual no local e em horário de trabalho levou muitas empresas a restringir sua utilização, na tentativa de ganhos produtivos, evitando a desatenção, a falta de concentração, além do iminente risco de ataques de vírus às redes corporativas.
A secretária executiva Flávia Moura, que trabalha na área de vendas da empresa Sulphurtec Química, com sede em Ribeirão Preto, estado de São Paulo, conta que sua empresa bloqueou o acesso ao site de relacionamentos Orkut e monitora o uso do MSN (comunicador em tempo real) dos empregados. “Se a pessoa que utiliza o sistema, usa com responsabilidade, é uma ferramenta essencial; caso contrário é motivo de demissão. E, se usado com critério, é motivo de diminuição de gastos.”
Flávia é a prova viva do que ela mesma diz. A sua entrevista foi concedida, pasmem, via MSN. Porém, no meio da conversa pediu desculpas por estar atarefada no meio de um “pregão” e que não poderia se alongar na discussão. Realmente, não se perde tempo em conversas que não são de cunho profissional na empresa em que trabalha. E essa é uma preocupação, não só da Sulphurtec Química, mas também de grandes conglomerados nacionais e internacionais.
Em relação à linguagem, o “internetês” utiliza de abreviaturas e até de figuras para representar o que quer ser dito, ou melhor, escrito. Beijo vira “bj”, também vira “tb”, e por aí vai. Essa associação causa problemas profissionais e acadêmicos, onde não se permite outra forma de escrita a não ser a estritamente culta, caso de ofícios, trabalhos acadêmicos, memorandos e outras comunicações parecidas.
Para Luciene Barbosa Marques, que defende sua tese em Psicologia pela UNIVERSIDAD DE AQUINO – UDABOL, em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, o internetês é mais do que uma moda, sendo associado a um fundo psicológico individual, particular de cada usuário. Ela própria utiliza-se de figuras e desenhos em suas mensagens no MSN e afirma que, às vezes, até dificulta a compreensão de seu interlocutor.
No passado, já houve modificações na língua culta por conta do uso da linguagem popular. Exemplo disso é a palavra “você”, que deriva da expressão “vossa mercê”. Seria esse então um novo momento histórico em que se mudará o português, dessa vez pela exaustão com que se usa o internetês? Para a professora Elenice Rodrigues Lorenz, de Língua Portuguesa, Literatura e Produção Textual, em entrevista ao jornal santista “A Tribuna” em 30 de maio de 2005, "esse é um caminho meio sem volta. Será inevitável a alteração permanente. Acredito que haverá crônicas, contos e outras publicações com essa linguagem, por exemplo, assim como hoje existem produtos adaptados para crianças recém alfabetizadas".

domingo, 22 de março de 2009

O Peixe e a Páscoa


Tradicionalmente, seja por motivos religiosos, filosóficos ou mesmo comerciais, o consumo de peixe cresce na época da Páscoa. A explicação his-tórica é mais simples e menos glamorosa do que a versão que nos é passada através das gerações.
Os hebreus eram pescadores. O pão e o peixe faziam parte da alimen-tação cotidiana do povo, que não tinha grandes variedades de alimentos para o seu consumo. Segundo o professor da Faculdade Católica de Uberlândia Cássio Rodrigues, filósofo com mestrado em história pela Universidade Federal de Uberlândia – UFU, grandes tradições religiosas já faziam parte de sociedades pagãs e foram incorporadas pelas religiões. É o caso da Páscoa e do Natal.
O carnaval é a grande festa pagã da carne que antecede o período da quaresma, que tem conotações religiosas hebraicas (povo judeu) e cristãs. Hebraicas, através do êxodo dos hebreus do Egito; e cristãs, por conta dos 40 dias em que Jesus Cristo peregrinou pelo deserto, e que culmina na Páscoa, período em que se evita o consumo de carne vermelha. As religiões fizeram do peixe um símbolo de purificação, mas ele já fazia parte da alimentação dos povos antigos.
Segundo Cássio, o tradicional bacalhau consumido na época da Pás-coa chegou às terras brazucas através dos portugueses. Com a expansão da navegação no século XIV, os navegantes precisavam de um alimento que não fosse facilmente perecível. Através dos povos nórdicos, descobriu-se o baca-lhau que, assim como a carne de sol nordestina, secava ao sol e mantinha os seus nutrientes e não estragava.
Logo, o bacalhau tornou-se um alimento popular em Portugal por ser barato e não facilmente perecível. Hoje, com especulação comercial, o genuíno bacalhau do Porto é um alimento caro, principalmente no Brasil. A ONG - organização não governamental – WWF (World Wide Fund for Nature), que luta pela preservação da natureza, alertou para a pesca predatória do bacalhau e o seu risco de extinção. Mesmo assim, ainda segundo Cássio, esse não seria o maior motivo do aumento do preço, e sim, a especulação capitalista. Quando indagado sobre as modificações culturais que vem ocorrendo, o professor concluiu que as tradições filosóficas e religiosas tem sido suplantadas pelo comércio e pelo capitalismo.

terça-feira, 17 de março de 2009

O "Poetinha" Vinícius de Moraes


1 Introdução

Onde Anda Você

E por falar em saudade onde anda você
Onde andam seus olhos que a gente não vê
Onde anda esse corpo
Que me deixou louco de tanto prazer
E por falar em beleza onde anda a canção
Que se ouvia na noite dos bares de então
Onde a gente ficava,onde a gente se amava
Em total solidão
Hoje eu saio da noite vazia
Numa boemia sem razão de ser
Na rotina dos bares,que apesar dos pesares
Me trazem você
E por falar em paixão, em razão de viver
Você bem que podia me aparecer
Nesses mesmos lugares, na noite, nos bares
Onde anda você.

Um dos artistas mais completos de sua época e de todos os tempos, Víníci-us de Moraes já foi tema de inúmeros livros, artigos, estudos que procuraram pre-tensamente discutir e apresentar sua obra. Pretensamente, pois não se discute Vinícius; Vinícius se sente.
Este trabalho, portanto, só traz um breve histórico do maior poeta brasileiro do século XX, na tentativa de mostrar sua vida e obra. Vã tentativa, é verdade, pois a complexidade de sua personalidade só nos deixa a contextualização como forma segura de informação.
A metodologia utilizada difere dos demais trabalhos acadêmicos que tem outros objetos de estudo. Além de pesquisas, suas músicas, poemas e textos foram “degustados” para sentir, mesmo sem noção de como se expressar esse sentimen-to, e descrever – como se isso fosse possível – a criatividade do gênio. E comparti-lhando-os – mesmo que não seja comum em trabalhos acadêmicos – parece ser a melhor forma de mostrar a aura poética que envolve o seu trabalho. Portanto, durante este trabalho acadêmico será lançado esse recurso, apresentando alguns de seus poemas e letras.


2 Vida

Poema Enjoadinho


Filhos... Filhos?
Melhor não tê-los!
Mas se não os temos
Como sabê-lo?
Se não os temos
Que de consulta
Quanto silêncio
Como o queremos!
Banho de mar
Diz que é um porrete...
Cônjuge voa
Transpõe o espaço
Engole água
Fica salgada
Se iodifica
Depois, que boa
Que morenaço
Que a esposa fica!
Resultado: filho.
E então começa
A aporrinhação:
Cocô está branco
Cocô está preto
Bebe amoníaco
Comeu botão.
Filho? Filhos
Melhor não tê-los
Noites de insônia
Cãs prematuras
Prantos convulsos
Meu Deus, salvai-o!
Filhos são o demo
Melhor não tê-los...
Mas se não os temos
Como sabê-los?
Como saber
Que macieza
Nos seus cabelos
Que cheiro morno
Na sua carne
Que gosto doce
Na sua boca!
Chupam gilete
Bebem xampu
Ateiam fogo
No quarteirão
Porém, que coisa
Que coisa louca
Que coisa linda
Que os filhos são!


Vinícius de Moraes, ou Marcus Vinitius da Cruz e Mello Moraes, carioca da gema, nascido em 19 de outubro de 1913, marcou sua vida e carreira como um legí-timo boêmio. O seu maior apego foi pela letra: as músicas que compunha ou os versos que escrevia. Passou por 9 casamentos e teve 5 filhos.
Foi poeta, compositor, jornalista, diplomata, crítico de cinema, intérprete e passou metade de sua vida viajando. Com o AI-5 , foi aposentado da carreira diplo-mática e passou a dedicar-se mais fervorosamente à arte. Suas mulheres oscilavam dos extremos entre vedetes e intelectuais.
Participou do movimento cultural conhecido como “Bossa Nova” com Tom Jobim e João Gilberto, que marcou profundamente a música popular brasileira, ten-do vários parceiros em suas obras, incluindo artistas internacionais. Citação especial para Toquinho, com quem dividiu os palcos com inúmeros sucessos e foi seu último parceiro.
O “poetinha”, como era conhecido, teve todos os traços dos romancistas do século XIX, com exceção do “mal do século”, que levava à ruína prematuramente a vida dos poetas; ao contrário, faleceu em 9 de julho de 1980, aos 66 anos. Quebrou convenções sociais ao aparecer em público cantando com um copo na mão, durante entrevistas. Sua história se funde com a própria MPB e suas obras são imortais.

3 Obra

Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Vinícius de Moraes iniciou sua extensa obra com poesias, poemas e sone-tos. Desde o início já se percebia o culto à imagem da mulher, tendo-a como inspiração absoluta a quem dedicou a maior parte de seu acervo poético. Era um romântico e um sedutor incorrigível, embriagado com sabor carnal de suas musas.
Não se pode ligar a obra de Vinícius a uma determinada época; tudo o que escreveu foi eternizado e considerado atemporal. Quando a Revolução Modernista cassava a composição dos 14 versos, o poetinha escrevia sonetos; por outro lado, fez parte da renovação da MPB com a Bossa Nova.
Em 1927 compôs canções com a parceria dos irmãos Paulo e Haroldo Tapajóz. Em 1933, tem publicado o seu primeiro livro de poemas, O Caminho para a Distância. Entre inúmeras viagens e serviços burocráticos e políticos, continuou a escrever e a debater sobre música, poemas e cinema. Trabalhou também em jornais e revistas.
Escreveu, em 1954, a peça “Orfeu da Conceição” em parceria com Tom Jo-bim, ganhando a Palma de Ouro no Festival de Cannes em 1959 e o Oscar de me-lhor filme estrangeiro, ao ser transformada no filme “Orfeu Negro” por Marcel Camus. Um ponto a ressaltar é que, apesar da autoria de Vinícius, a produção foi francesa, tendo, portanto, a França como vencedora. O filme ganharia uma produção brasileira em 1999, com o título “Orfeu”, dirigida por Cacá Diegues.
Frequentador assíduo do Bar Veloso, em Ipanema, inspirou-se em Helô Pinheiro, que passava sempre em frente ao bar e compôs, em 1962, com a parceria de Tom Jobim, a canção clássica Garota de Ipanema. A musa inspiradora só saberia ser a fonte de inspiração da música 2 anos depois.
Preparava A Arca de Noé 2 com o parceiro e amigo Toquinho, quando fale-ceu; o álbum foi lançado no ano seguinte. Inúmeras coletâneas chegam às lojas até hoje, rememorando e homenageando o poetinha.
3.1 Livros

a) O Caminho para a Distância (1933);
b) Forma e Exegese (1935);
c) Ariana, a Mulher (1936);
d) Novos Poemas (1938);
e) Cinco Elegias (1943);
f) Poemas, Sonetos e Baladas (1946), também conhecido como O Encontro do Cotidiano (1968);
g) Pátria Minha (1949);
h) Antologia Poética (1954);
i) Livro de Sonetos (1957);
j) Novos Poemas (II) (1959);
k) Para Viver um Grande Amor (Crônicas e Poemas) (1962);
l) A Arca de Noé; Poemas Infantis (1970);
m) Poesia Completa e Prosa (1998).

3.2 Teatro

a) As Feras;
b) Cordélia e o Peregrino;
c) Orfeu da Conceição;
d) Procura-se uma Rosa;
e) As Doze Bailarinas;
f) Como Pode ser Bode.

3.3 Discografia

a) Orfeu da Conceição (1956);

b) Vinícius e Odete Lara (1963);

c) De Vinícius e Baden especialmente para Ciro Monteiro (1965);

d) Vinícius e Caymmi no Zum Zum (1965);

e) Os Afro-sambas (1966);

f) Vinícius: Poesia e Canção (ao vivo) (1966);

g) Garota de Ipanema (Trilha sonora do filme) (1967);

h) Vinícius (1967);

i) Vinícius em Portugal (1969);

j) Vinícius de Moraes en "La Fusa" com Maria Creuza e Toquinho (1970)

k) Como Dizia O Poeta (1971);

l) Toquinho e Vinícius (1971);

m) Vinícius + Bethânia + Toquinho - En La Fusa (1971);

n) Marilia / Vinícius (1972);

o) Vinícius canta: Nossa Filha Gabriela (1972);

p) São Demais Os Perigos Dessa Vida (1972);

q) O Bem-Amado (1973);

r) Vinícius & Toquinho

s) Saravá Vinícius! - Vinícius de Moraes en São Paulo con Quarteto em Cy y Toquinho (1974);

t) Vinícius / Toquinho (1974);

u) O Poeta e o Violão (1975);

v) Deus lhe pague (1976);

w) Antologia Poética (1977);

x) Tom, Vinícius, Toquinho e Miúcha - Gravado ao vivo no Canecão (1977);

y) 10 anos de Toquinho e Vinícius (1979);

z) Um pouco de ilusão (1980);

aa) Testamento (1980);

bb) A Arca de Noé (1980);

cc) A Arca de Noé 2 (1981);

dd) Poeta, moça e violão - Vinícius, Clara e Toquinho (1991);

ee) Vinícius & Amigos (2006).

• • •

4 Conclusão

Eu Sei Que Vou Te Amar

Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Prá te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida

Seria redundante reafirmar a importância de Vinícius de Moraes na cultura brasileira. Historicamente, atravessou o século XX influenciando a música popular brasileira, o cinema, a literatura, o teatro. Entre prosa e verso, seus textos se dividi-ram entre uma parte mais clássica e uma mais popular.
A participação política de Vinícius não pode ser deixada de lado, mesmo que não tenha sido propriamente um homem partidário. Sua passagem na diplomacia e seu contato com Juscelino Kubitschek, sua exoneração durante o golpe de 64, tudo isso teve repercussão na sociedade brasileira.
Amante, romântico, boêmio, poeta... Qualquer que seja o adjetivo dado, não poderá expressar toda a genialidade do poetinha, que encantou multidões e fez de sua arte eterna, ou pelo menos, “que seja infinita enquanto dure...”.



Assinatura do “poetinha”