terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Tempo de férias e artes plásticas em Uberlândia

Repórter
Atualizada: 03/12/2008 - 17h16min
Acesso em 09/12/2008

Dezembro é mês de férias, festas de fim de ano e tempo livre para diversão. Quem, durante o ano, não pôde fazer determinados programas, como ir ao museu por exemplo, terá mais de uma razão para fazê-lo. Hoje, o Museu Universitário de Arte (MUnA) abre simultaneamente três exposições, em cerimônia às 19h, que permanecerão abertas até o dia 13 de março, de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h. Durante este período, novas programações deverão chegar ao local. Todas com entrada gratuita.

A galeria central do MUnA recebe a “Congadas Desenhantes”, com desenhos resultados de um projeto de mesmo nome, que reuniu 30 pessoas de diferentes áreas. Os trabalhos foram feitos antes, durante e depois da festa do Congo, realizada dia 12 de outubro.

Desde agosto, os participantes assistiram a três encontros, um com o capitão José Pedro Simão, que falou sobre a organização e preparativos da festa, outro com o artista plástico Alexandre França, que deu uma noção sobre cores e técnicas, e também com Renata Meira, professora de Artes Cênicas, que abordou os aspectos da dança do movimento religioso.

Ana Paula de Andrade, estudante do último período de artes plásticas, entrou no projeto como uma das organizadoras, mas no fim pegou caneta e papel e fez seus próprios desenhos. Seis deles fazem parte da exposição de logo mais. A patense está em Uberlândia para se dedicar à teoria da arte e conta que nunca gostou de desenhar, mas despertou o interesse graças a “Congadas Desenhantes”.

A abertura desta exposição contará com a apresentação do Terno Marinheirão, do bairro Tibery, e com todos os participantes do projeto, idealizado pelo artista plástico Glayson Arcanjo, estudante da Congada desde 2002.

Serviço:
As exposições “Congadas Desenhantes”, “Paisagens do Cerrado” e “Gráficos Obstáculos” serão abertas hoje, às 19h, e seguem até dia 13 de março, das 8h30 às 17h no MUnA. Entrada franca. Praça Cícero Macedo, 309, bairro Fundinho. Fique atento para as novas programações de férias pelo site www.muna.ufu.br.

Foto:Manoel Serafim
Obras de Assis Gumarães, inspirada por Maciej Babinski

Assis Guimarães e Maciej Babinski juntos

A soma de dois renomados das artes plásticas, Maciej Babinski e Assis Guimarães, também ganha destaque na sala de pesquisas visuais do MUnA a partir de hoje. Os trabalhos se reúnem em uma única exposição, “Paisagens do Cerrado”. Como o nome diz, mostra a vista que circula a cidade de Uberlândia. A técnica utilizada por Babinski é a aquarela e por Assis Guimarães, a gravura em metal.

Babinski é um artista polonês, há 54 anos no Brasil, ex-professor na Universidade Federal de Uberlândia (1979 e 1988) e deixou parte de sua coleção quando foi embora.

Assis Guimarães é nascido na cidade vizinha de Carmo do Paranaíba, mora em Uberlândia, excursionou pela Itália, Inglaterra, entre outros países, com o mesmo propósito de pintar paisagens. Pela primeira vez, Guimarães tem seus quadros expostos ao lado de Babinski, de quem assistiu a uma oficina de gravura em metal em 1995, a mesma técnica utilizada nas telas vistas a partir de hoje. “O que amarra estas duas exposições é a questão voltada para a representação da natureza”, disse Renato Palumbo, professor de História da Arte e coordenador do MUnA.

Foto:Manoel Serafim
Babinski é um artista polonês que vive há 54 anos no Brasil

Bruno Ravarizi coloca peças externas no museu

Até quem passar pela calçada do MUnA a partir de logo mais, quando acontece a abertura de três exposições de arte, poderá ver o trabalho de conclusão de curso de Bruno Ravarizi, graduando em Artes Visuais. Os dois banners batizados como “Gráficos Obstáculos” serão afixados nas paredes do local. A disposição faz um jogo de imagens com o interior do museu e dá uma impressão de que se pode ver através da parede.

“Vamos ver uma mescla de imagens, uma produção mais tradicional, que é o desenho e a aquarela. Há também propostas mais contemporâneas, como este trabalho do Bruno. Vamos valorizar a multiplicidade das coisas”, disse Renato Palumbo.

Nenhum comentário: